Vamos continuar de onde paramos:
De manhã, liguei o meu telefone celular e recebi ligações não atendidas da minha esposa. Suspendi de todas as minhas redes sociais para poder refletir sobre os próximos passos do meu relacionamento. Fui ao chaveiro para trocar a chave de casa, mas agora ela estava sozinha, sem a minha ajuda e compaixão.
No domingo, ela ligou para a nossa filha mais velha solicitando que conversasse comigo. Atendi o telefone e disse que tinha conhecimento do caso dela com o encarregado do trabalho e que não havia mais nada para conversar. Ainda assim, ela insistiu para que conversássemos em casa, o que eu acabei cedendo nesse ponto.
À noite, ela chegou em casa no carro da amiga. Abri a porta e cumprimentei-a. Maysa estava abatida e disse com voz de choro:
Que ações devemos adotar neste momento?
Respondi-lhes.
Acredito que não há mais nada a ser feito, visto o quão louca é o seu pênis, e compreendo sua loucura, mas não podemos ter mais nada além disso.
Maysa, de Maysa.
Posso me afastar dele quando desejar, vou pedir demissão e ficar somente em casa, cuidando dos nossos filhos.
Em contraponto, argumentei:
Por que você faria isso?
Maysa, de Maysa.
Porque te amo e não posso viver sem você. Apesar de ter sido prazeroso trepar com ele, não tive sentimentos por ele. Acabo de ficar sem comer desde ontem. Nunca te tive antes e peço desculpas.
Prosseguindo, falei:
É de suma importância aproveitar esse sentimento de atração por ele, assim como farei com a minha vida. Nosso relacionamento foi excelente até este incidente e ainda sinto muito carinho por você, mas não consigo mais confiar em você. Já tive atração por outras mulheres extremamente atraentes, mas nunca tive o devido espaço. Sinto muito pelos nossos filhos, pois jamais gostaria de nos separar deles do nosso convívio diário.
Maysa, de Maysa.
Amor, não quero terminar, por gentileza. Por gentileza, considere a possibilidade de experimentar uma terapia?
Respondi-lhes.
Concordo, mas, sob uma condição: você não poderá votar para a sua residência.
Maysa, de Maysa.
Ok, obrigado por me escutar.
Iniciamos as terapias duas semanas depois que utilizávamos o plano de saúde do meu emprego. O plano permitia-me realizar, no máximo, 2 sessões por mês.
A minha ex-esposa parecia estar melhor e, inicialmente, entrou no consultório.
A terapeuta solicitou os nossos dados iniciais e o período de casamento. Respondi que não éramos mais casados e desejamos manter um bom relacionamento devido aos nossos filhos. Minha esposa ficou contrariada ao saber que éramos casados, mas estávamos em crise.
Ela respondeu:
A crise começou quando eu escorreguei.
Segue…