Os viajantes no tempo – A década de 1920

Os viajantes no tempo – A década de 1920: Nossa narrativa tem início no centro do Rio de Janeiro, mais especificamente na Rua Gonçalves Dias. Era o ano de 1920. No início da década, o Rio de Janeiro era a cidade mais importante do país, e sua modernidade reflete todo o requinte e estilo trazidos de outros países. Não se via mais espartilhos e longos vestidos como era costume nas décadas anteriores. As mulheres andavam pelas ruas com seus cabelos de garçonne, vestidos curtos e soltos, chapéus cloche e casacos de pelo.

As grandes capitais corriam atrás do atraso tentando se desenvolver, mas o Rio não precisava de “modernismo” porque já era moderno. A impressão que se tinha era de que, quando eram 19 horas da noite no Rio, ainda era 1904 no restante do país. Essa energia era percebida em todos os lugares.

– Não consigo acreditar que estamos aqui! Essa noite será maravilhosa e eu serei uma mulher sem limites. Gabriella riu.
– Espero que sim, meu querido. Viva tudo o que sonhou viver, essa noite durará para sempre” — Respondeu Felipe

No início da noite, eles se depararam com um Ford T, popularmente conhecido como “Ford Bigode”. Ambos desceram do veículo.

Felipe, primeiro… Ele é bem-humorado, bem-vestido com seu terno perfeitamente cortado. Com seus 1,90m. Traços italianos com um leve ar oriental. Frase original: Cabelos pretos e lisos e em ótima forma, forma essa que fica bem mais evidenciada nos ternos da época. Ele sai do veículo e estende a mão. Uma mão delicada surge de dentro do carro, com pulseiras de pérola e unhas escarlate.

Gabriella desce, descendo pelo degrau do carro até a calçada. Ela tem em torno de 1,55m de altura. Tem lindos cabelos ruivos pintados em uma permanente. Cerca de 50 quilos e vestindo um vestido de cor laranja, que se estendia até a altura dos joelhos. Havia detalhes em preto nas alças e na barra da saia, dando um ar descontraído e sedutor ao conjunto. Com os braços de fora, como era o costume da época, e um batom escuro. Um belo colar de pérolas ao estilo Coco Chanel, que se combina com a pulseira. No cabelo uma presilha com detalhes em brilhante.

Ao olhar ao seu redor, ela percebe os olhares em sua direção. Tanto os homens quanto as mulheres a observam. Seja com desejo, inveja ou simplesmente um senso de admiração.

Os dois chegam à famosa Confeitaria Colombo. Felipe afirma:

– Você pode se locomover rapidamente até o toalete? Tenho a convicção de que, antes de eu voltar, você já estará conversando com homens motivados e interessados.

Riram-se e ela concordou, escolhendo uma mesa no centro do salão, ciente dos olhares que recebia. Pediu um drink recomendado pelo barman muito solícito.

Felipe ficou maravilhado com os detalhes da confeitaria. Os grandes espelhos belgas e os lustres que existem la até hoje, pareciam brilhar muito mais. Talvez devido à sua idade, ou ao charme da época. Seja qual for o motivo, sentiu-se como se estivesse entrando na cidade pela primeira vez. Mesmo ja tendo frequentado o lugar muitas vezes em seu tempo.

Em questão de segundos, dois indivíduos se aproximaram da nossa esposa e se apresentaram:

– Boa noite, bela donzela. Eu e meu amigo gostaríamos de nos juntar a você, que trouxe a luz para o nosso salão com sua beleza. Sinto muito pelo meu nome, Noel Rosa, e esse é meu grande amigo e escultor, Victor Brecheret.

O indivíduo que se identificava como Noel era branco, de olhos claros e magro. Tinha um cabelo brilhante e uma personalidade marcante. Um olhar sedutor apesar da aparência indicar algo diferente. Além disso, seu amigo Victor era bem mais alto, forte e amável. Careca com uma boina preta. Todos são bem-humorados e extremamente educados.

– Victor disse: “Boa noite”

– Bom dia, cavalheiros — Respondeu Gabriella. Convidados, eu gostaria de informar que estou acompanhado. Meu amado está no toalete e em breve se juntará a nós.

– “Maravilha!” Declarou Noel — “Quanto mais alto, melhor!”

E ambos se acomodaram.

Gabriella reconheceu os nomes, principalmente o segundo, embora não conseguisse lembrar quem eram esses senhores. Afinal, foi ela quem escolheu os 20 anos naquela noite. Foi ela quem quis ver todo o glamour e sentir toda a diversão dos famosos “Anos Loucos”. Ela notou que os olhos de Victor, embora ele mal conseguisse falar duas palavras desde que se sentou, estavam fixos nela. Quando ela olhou para ele, ele escondeu. Mas a atração que ele sentia era óbvia. Ela começou a pensar em como se divertir.

Depois de um tempo, Felipe entrou no grupo e compartilhou a aposta com o novo conhecido: quando voltou, a mesa já estava ocupada.

——“Ter uma empregada como essa inevitavelmente atrairá a atenção de todos.” ——Noel disse enquanto beijava de brincadeira a mão de Gabriella.

– “Você é muito gentil, querido Noel. E você, Victor? Concorda?” – irritou Gabriella

– “Ah, ah, sim”. “Claro que sim”, disse Victor, que não esperava ser surpreendido de tal forma.

Gabriella demonstrava uma certa timidez, o que era notado por Felipe.

– Gabriella disse “muito gentil”.

– Qual é seu nome? Victor perquiriu ao observar Gabriella, para a surpresa de todos.

Ela o olhava com um olhar profundo e disse:

– Poderia me chamá-lo de Afrodite, e este é o meu nome. “É uma grande satisfação conhecê-los”. — Ela disse, com os olhos fixos em Victor, com um sorriso sedutor. A intensidade das intenções dela causou-nos constrangimento. Ela gostava de usar pseudônimos. Considerava-se uma divindade do amor e da Sensibilidade. Amanhã, ela seria exatamente isso.

Após alguns drinks, Noel recordou as suas noites de boemia e os seus sambas, bem como as obras e esculturas que o amigo e outros artistas da época criaram. Ele retrucou:

– “Obrigado, casal”. Amanhã, teremos uma grande celebração, na residência, localizada na residência do Barão do Itamarati. Seria uma boa ideia que vocês se juntassem à nossa equipe. A noite será marcada por um grande número de apresentações de jazz, música, boas bebidas e uma ótima companhia. A experiência será ainda melhor se vocês forem. Todos os artistas e membros da alta sociedade que se importem estarão presentes.

– “Claro, sem dúvida, iremos.” Agradeço pelo convite. Felipe respondeu com rapidez. Gabriella sorriu ao constatar que o seu parceiro estaria presente para as aventuras da noite.

Noel solicitou o endereço e disse-lhes que inserissem os nossos dados no portão da mansão, permitindo-lhes a entrada. Os dois já haviam se mudado e se reencontrariam em breve. Os dois se levantaram e cumprimentaram a dama. Ela adorou a oportunidade de se despedir de Victor, que a beijava com a mão. Os dois se afastaram.

– “Achei que ele não se enquadrava no meu tipo de personalidade”.

– “Na realidade, é inadmissível. Em algum momento, entre os três e quartos, relembrei-me de quem era. É um artista genial! A percepção de que ele me olha de forma apática e repleta de desejo despertou-me. Teria um imenso prazer em ser a musa de um grande artista. A sua aparição foi evocada em uma obra literária. “Só de pensar nisso, já estou alucinada.”

– “Encontrei. Ele demonstra uma profunda afeição por você, apesar de não demonstrar ou se sentir intimidado com a minha presença. “Ele não tem ideia das cachorradas que já fizemos”, disse Felipe. “Achamos o seu alvo da noite?”

– “Há alguém?” Como assim? Quem teria dito que eu teria um único filho? A resposta de Afrodite foi dada por meio de risos.

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Em seguida, Felipe solicitou um táxi para os dois. O condutor encostou na guia e, dessa forma, permitiu a entrada dos dois. Felipe deu as coordenadas necessárias e, em pouco tempo, o carro já estava em movimento.

Afrodite estava repleta de energia e ideias, e não conseguia se conter. Ela exalava uma atmosfera de sensualidade e apetite. Qualquer um se enfeitiçava com um simples olhar.

– “Não consigo acreditar no que está acontecendo, meu amor!” É muito mais extraordinário do que eu poderia imaginar. Adoro a arquitetura, a energia das pessoas, a educação, os homens e as mulheres. Tudo está tão perfeito! Gabriella disse-lhe:

– “A noite ainda não teve início, ainda temos muitas aventuras, pessoas para conhecer e regras para quebrar!” Respondeu-lhe Felipe.

– “Falando em regras, estou afim de uma brincadeira” — Disse Gabriella com novamente um sorriso sapeca

– “Hahaha, lá vem!”

– “Moço, qual o seu nome?” — Ela perguntou ao taxista

– “Boa noite, moça! Meu nome é Raul. Muito prazer!” — Respondeu o motorista que parecia ter seus 21 anos. Jovem, com os olhos claros, músculos firmes e até que bastante atraente.

– “Será muito prazer mesmo” — Ela respondeu assustando um pouco o motorista que não conseguiu entender as intenções.

– “Você gosta de mulheres, Raul?”

– “Ah…” — Titubeou, olhando para Felipe pelo retrovisor

– “Pode responder, Raul. Essa mulher é totalmente livre. Não se intimide com a minha presença pois esse show é todo dela” — Afirmou Felipe.

– “Bom, nesse caso… Eu gosto sim, senhora.”

– “Senhora, Raul? Que absurdo! Estou extremamente ofendida. Eu te pareço tão velha assim?” — Respondeu entre risadas contidas, sentando no meio do assento, ficando em total visão do taxista

– “Não, claro que não hm. Veja bem, foi só como sinal de respeito”.

– “E quem disse que eu quero esse respeito baseado em mentiras e bons costumes? E se eu quiser o respeito da sua honestidade? Se eu disser que quero que você me trate você quiser, que me diga o que realmente acha” — Ela disse, deslizando a mão pela camisa de Raul, abrindo dois botões

– “Minha Senhora! Ah, quer dizer, moça! O que você está fazendo?”

– “Você não gosta de carícias assim? Prefere só assistir? Então tudo bem”

Afrodite se afastou, olhou bem nos olhos do motorista pelo espelho e começou a levantar a barra do vestido. Subindo e subindo até aparecerem seus seios e seu conjunto de lingerie que combinava com as unhas escarlate e o cabelo vermelho vivo.

O queixo do homem caiu e ele diminuiu a velocidade para tentar não bater, o que ainda quase aconteceu, enquanto a deusa ruiva se movia com sensualidade no banco de trás.

– “Gosta de seios assim? O que acha do tamanho?” — Ela disse enquanto os espremia

– “Perfeitos! São perfeitos” — Raul respondeu sem se preocupar mais com quem estava presente ou com o que estava acontecendo.

– “E o tamanho dos biquinhos?” — Ela disse enquanto puxava o sutiã para mostrar totalmente um dos seios, e ao mesmo tempo com a outra mão lambeu os dedos para acariciá-lo e intumescê-lo

Raul olhou, sem reação, e engoliu a seco enquanto começava a suar frio.

– “E da minha barriguinha? Você gosta?”

Ele, sem conseguir proferir uma única palavra, simplesmente acenou dizendo que sim.

– “Você quer tocar?”

– “Quero! Quero sim!”

– “Então seja um amorzinho e estacione o carro em uma rua parada, prometo que não vai se arrepender”

Em uma fração de segundo o motorista demonstrou seus conhecimentos da cidade encontrando uma rua sem saída e escondida, conduziu o automóvel para de baixo de uma árvore bem frondosa e desligou o motor.

– “Feche os olhos” — Sussurrou Afrodite bem perto do ouvido de Raul.

Ele obedeceu. Ela se aproximou, pegou a mão do motorista e trouxe para o seu seio. Ele o alcançou como se estivesse tentando pegar algo no banco de trás, e com os olhos fechados. Era quente e pulsava. Os batimentos e a excitação dela estavam à flor da pele, e isso o fez endurecer instantaneamente, sem acreditar na loucura que estava acontecendo.

Ela soltou um leve gemido bem próximo do ouvido de sua vítima, e voltou a acariciar o peito dele, beliscou um dos mamilos tirando um urro do motorista jovem. Desceu a mão suavemente, abrindo botão a botão, até libertar toda a camisa e chegar em sua virilha. Com habilidade desfez a calça do homem e disse que queria ver sua rola bem dura. O homem abaixou as calças até o chão e o mastro saltou. Ela pegou com a mão e começou a masturbá-lo. Subia e descia a mão enquanto ele acariciava seus seios. Apertava e beliscava.

Seu mastro era grande, com veias aparentes e pulsava. Afrodite conseguia contar os batimentos através do pau que segurava em suas mãos, e viu que estava aceleradíssimo. Sua vítima não aguentaria muito tempo.

– “Vou te fazer gozar na minha mão, meu amor. Pode apertar meus seios o quanto quiser, eles são seus. Quero que se delicie neles e na minha voz. Quero todo o seu tesão nas minhas mãos, meu gostoso.”

Ela aumentava a velocidade dos movimentos. Depois cuspiu na própria mão e passou a saliva na cabeça do pênis para deixar tudo mais lubrificado, enquanto continuava. Passou a beijar a orelha dele, e com a outra mão alcançou o pau do Felipe por cima da calça. Que até então só observava.

– “Goza, meu macho gostoso. Goza na minha mão, explode pra mim que eu quero o seu prazer”

– “Ah. Ahhhh. Ahhhhhh. Aaaaaahhhh” — Grunhiu Raul, no último momento explodiu em um orgasmo intenso. Jorrando porra por todo o seu peito, sua camisa e até no teto do seu taxi.

– “Delícia, que gostoso, meu garanhão”. Lambendo os dedos, ele disse, como se nada tivesse acontecido.

– Podemos comparecer?

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Ao chegar à festa Afrodite, o corpo estava vibrante. Fiquei surpreso com as brincadeiras, o que causou-lhe uma certa repulsa.

A visão era extraordinária, pareciando-me como se estivesse em um filme. A residência era bastante ampla, com tetos altos repletos de arte. Quadros, esculturas e até espadas. Uma arquitetura que era claramente do século passado, mas nem um pouco mais glamurosa por isso. Ao contrário. Todos os convidados estavam bem-vestidos e animados. A dança, a bebida e a conversa são tão intensas quanto o amanhã. Não haveria.

Naquela noite, houve situações e conversas que ninguém acreditaria se contassem:

Em breve, conversaram com Anita Malfatti e Tarsila do Amaral sobre as mulheres na arte, e sobre como, finalmente, o movimento das sufragistas conseguiu, finalmente, o direito de votar para todas as mulheres dos Estados Unidos. Em outro momento, discutiam-se as composições compostas pelo compositor Heitor Villa-Lobos, que se mostrou bastante mais amável do que aparentava ser.

Mantiveram uma conversa com Manoel Bandeira sobre poesia, tomando todo o cuidado para não citar obras que ele ainda não havia escrito. Além disso, é incontroverso mencionar a semana da arte moderna, que só seria realizada em 1987. É possível mencionar Clarice Lispector, uma das autoras mais populares de Gabriella, uma vez que ela só teria a sua morte em Dezembro daquele ano, em outro país.

Alguém, num futuro, poderia imaginar, em uma conversa sobre os filmes de Clara Bow e a transição do cinema mudo. Durante a conversa, ficou demonstrado que o termo “It Girl” foi cunhado justamente por ela. Após brilhar com êxito no filme “It”, que não é surpreendentemente surpreendente.

A nossa Afrodite aprendeu a dançar o Charleston com as mulheres da alta sociedade, tendo se saído muito bem. Surpreendendo ainda mais a atenção de todos.

Após uma longa noite de dança, bebidas e conversas incríveis, os dois se reencontraram no bar. Ingressando ainda mais em um drink e refletindo sobre a experiência única que haviam tido naquela noite memorável. Felipe a abraçou e a beijou intensamente. Após uma breve pausa, a sua amada se entregou ao beijo de forma plena.

– “Está sendo tudo aquilo que você esperava?” Ele questionou, enquanto segurava a bunda durinha de sua amada.

– “Talvez precisemos de anos para digerir essa única noite”.

Nessa ocasião, ela viu, de perto, Victor. Em uma roda de amigos, tomando um drink e mantendo uma conversa amena.

– “Isso será feito agora”, disse ela.

Felipe percebeu para onde ela olhava e disse:

– “Tente não matar o rapaz e, em seguida, informe-me.

Afrodite conduziu a sua prontidão em direção a Victor, de forma determinada e natural. A beleza de sua beleza é incontestável, especialmente para o Felipe, que dividiu diversos momentos com ela e, ainda assim, sempre a concebia como se fosse a primeira vez. Apesar de todos os fatores, ela era mais relevante hoje. Impossível descrever “mais do que”, mas era percetível que ela não estava no mesmo nível que os outros mortais.

Victor, ao longo do caminho, notou-se a aproximação dela e se senti como se estivesse diante de uma leoa ansiosa. Ela o segurou pela mão, pediu para que fosse à roda de amigos e o levou. Adentrou-se ao banheiro próximo, onde haviam duas mulheres retocando a maquiagem.

– Afrodite disse: “Vamos embora, as duas”.

– Qual é a motivação para a nossa saída? “Estamos aqui desde o início”, ressaltou uma das adolescentes.

– “Bom, não me importo se vocês permanecem ou não.” No entanto, deixo a porta aberta e os eventos que ocorrerão neste banheiro nos próximos minutos serão registrados para a história. Ou vocês saírão ou terão que participar. Que tal? “Adoro um menage”, disse com um sorriso bem satisfeita.

A menina aventureira que havia respondido com tanta imprevisibilidade ficou branca e sem palavras. As duas, em silêncio, saíram do banheiro.

Victor estava sem saber o que fazer ou o que pensar. Ele permanece de pé no meio do banheiro, sem encostar em nenhuma superfície e sem ter a capacidade de se movimentar.

Afrodite fechou a porta do banheiro e voltou-se para o homem que se encontrava ali. Ele se abaixava levemente contra a porta do banheiro e olhava para sua presa. Comecei a caminhar em sua direção de forma lenta, mantendo os olhos fixos nele. Ele se aproximou, encostou no seu ouvido e disse, com um sussurro, que:

– “Gostaria de solicitar a sua saída?” Esta é a última oportunidade que você terá.

O calor da sua voz e seu aroma o enfeitiçaram totalmente. Ele engoliu a seco e acenou com a cabeça negativamente, sem conseguir pensar ou falar.

Com um único empurrão ele foi jogado na parede, e ela com muita calma e sensualidade caminhou até a parede oposta, onde ficava um lindo balcão de mármore branco, uma pia maciça de ouro e um espelho que ia de parede a parede.

Ela se surpreendeu quando começou a ouvir a banda de fora tocando uma música muito deliciosa no contra-baixo. Era “Fever” de Peggy Lee. Sorriu e imaginou que isso seria obra do Felipe, ja que essa música não seria lançada ainda por pelo menos uns 40 anos.

Começou a dançar, mexendo os joelhos levemente e com sensualidade, como ditava o ritmo da música. Aos poucos levantando a barra da saia exibindo mais de suas pernas de forma provocadora. As pérolas dançavam em seu pescoço e o som delas batendo pareciam algo tribal, como uma feiticeira que hipnotizava um animal selvagem. Victor começou a suar frio e olhava sem sequer conseguir piscar. Ela seguia dançando e subindo mais o vestido, até aparecer uma parte da calcinha que saltava aos olhos em seu tom vermelho. Ela se virava lentamente até ficar de costas, exibindo sua bunda ao mesmo tempo que o olhava nos olhos por cima do ombro, com um sorriso. Aos poucos ela foi andando pra trás, se aproximando dele enquanto dançava. E ele, por sua vez, não conseguia tirar os olhos da sua lingerie.

Finalmente. Contato.

Ela encostou nele bem levemente, encaixando sua bunda em seu quadril, e sua cabeça no peito do homem que era consideravelmente mais alto. Ele soltou um gemido de prazer. A sensação entre os dois foi eletrizante, como se tudo agora estivesse em foco. A temperatura da pele, as respirações e, principalmente, os desejos.

Com uma mão ela acariciou o pau do escultor por cima da calça e o apertou com firmeza, sentindo que parecia haver uma verdadeira estátua ali. Ela disse — “Me toca” — Com a voz mais sensual que qualquer homem jamais havia ouvido.

Victor aproximou as mãos direto na bunda que rebolava levemente ao ritmo da música, e que o deixava hipnotizado. Ao sentir as mãos a deusa ruiva se arrepiou. As mãos eram grandes, os dedos grossos e fortes. Tinha uma textura áspera com calos e antigas cicatrizes. O simples toque delas arranhava de leve sua pele. A sensação dela ao saber que essas mãos eram de um verdadeiro artista. Que criaram e ainda criavam lindas obras, e que agora estavam apreciando e contornando as curvas de seu corpo. Como se ela mesma fosse uma escultura moldada para a admiração. Isso acendeu seu fogo de uma forma que não tinha volta. Ela se virou pra ele, tirou seu vestido de uma vez e o arremessou para qualquer lado. Desfez a calça dele e com um único puxão abaixou suas calças até o calcanhar, depois o fez sentar em um banquinho que havia ao lado.

A sua vontade de ser Afrodite era demais, ela queria oferecer àquele homem o maior desejo e tesão possível. Ela parou de frente para ele, com sua lingerie, separou levemente as pernas de forma provocante, e, sem dobrá-las, abaixou o tronco. Indo diretamente até o seu mastro enquanto apoiava com as mãos nas coxas firmes e musculosas daquele homem. Lambeu seu pênis desde a base até a ponta que já estava toda babada. E quando ela se abaixava assim ele conseguia, além de admirar sua flexibilidade e sensualidade, ver o reflexo da bunda dela pelo espelho, duplicando o tesão.

Após alguns instantes de provocação ela abocanhou tudo de uma vez, começou a sugar, chupar e lamber aquele pau como se sua vida dependesse disso. Ela estava adorando toda a situação. E os gemidos e contrações de prazer dele só aumentavam sua excitação. Depois de alguns deliciosos minutinhos, ela resolveu surpreendê-lo. Se ajoelhou na sua frente. O olhou bem nos olhos e engoliu sua rola inteirinha. Desceu até o fundo da garganta e ele soltou um urro de prazer.

– “Quer gozar na minha boca, meu gostoso?” — Ela sussurrou entre duas chupadas bem profundas

– “Que mulher livre, nunca vi falarem assim antes. Você é uma musa. E eu quero gozar nos seus seios perfeitos e formosos, quero provar todo o seu prazer minha deusa do sexo” — Ele respondeu, se livrando de sua timidez.

– “Então segura a minha cabeça, e enfia esse mastro na minha boca com tudo. Quero ser usada por você como um brinquedo. E quando quiser gozar, pode gozar aonde quiser”.

Ele, que agora parecia libertado pela permissão que recebeu, a agarrou pela cabeça e pela nuca e enfiou o pau de uma vez até a garganta de novo, dando um urro de prazer. Depois tirou e foi metendo de forma ritmada. A deusa Afrodite estava realizada de dar tanto tesão para um macho tão gostoso. De ser a musa inspiradora de um dos maiores artistas que esse nosso país ja viu.

Quando ela percebeu que ele estava próximo do orgasmo, pegou o pau dele, colocou entre os seios perfeitamente ajustados pelo sutiã e começou a masturbá-lo com gemidos gostosos.

– “Goza nos meus seios, meu gostoso. Me dá todo esse teu prazer. Sou tua, meu homem.”

E ele não aguentou mais e começou a jorrar vários jatos direto nos seios. Alguns subiram até o pescoço. Alguns foram até os ombros, e os últimos ela recebeu direto na boca, tamanha a ansiedade de provar dessa semente. Ela começou a recolher toda a porra dele com os dedos e levava até a boca, emitindo sons que mostravam o quanto estava se deliciando com cada gota, sem nunca parar de encará-lo direto nos olhos.

– “Você é a minha musa. Musa impassível, insaciável e inspiradora. Nunca senti nada assim antes” — Disse o escultor estonteado.

– “Que bom que acha isso, porque ainda não acabamos aqui, meu garanhão”

Afrodite se afastou, virou de costas e soltou o sutiã, o deixando cair no chão, todo manchado da porra do seu amante, e também tirou a calcinha, fazendo o pau de Victor voltar a dar sinal de vida. Ela se virou pra ele novamente e sentou na bancada de mármore. Levantou a perna esquerda dobrada e a apoiou o calcanhar na bancada. Exibindo totalmente seu sexo que escorria e brilhava.

Ali estava ela, uma visão. Uma escultura viva, vestindo somente seus saltos, suas pérolas e seu sorriso avassalador. A mais alta das obras de arte. Com um dedo ela sinalizou para que ele se aproximasse. A cada passo que ele dava o pau endurecia mais, estando completamente duro novamente quando ele encostou nela e deu um beijo que foi amplamente retribuído.

– Você será a minha deusa e eu a sua escrava sexual. O seu cuzinho é meu para que eu possa fazer qualquer coisa com ele. Ficou apreensivo?

– “Sim, minha deusa, a minha leoa indomável”.

– “Estou ansiosa para que você pegue esse pau gostoso e enfie-o em meus lábios”.

– Você irá enfiá-lo de forma gradual, mas de forma constante e de uma só vez. Gostaria de atingir a plena satisfação por este membro querido em um único movimento. “E se ele apresentar qualquer sinal de flacidez?” — Ordenou a deusa.

– “Sim, minha deusa, eu farei o que desejar.”

Ele a segurou pela bunda com as mãos ásperas e, num único movimento, a penetrou. Ela atirou um grito de repulsa e cravou as unhas nas costas do seu macho escultor. Ela se habituou ao tamanho por um bom tempo. Riu internamente, sabendo que a flacidez era a última coisa que deveria ser considerada. Devia ter maior receio de ser quebrada no meio.

Ela começou a rebolar com o pau todo enfiado, soltando gemidos. Aguardava as próximas instruções.

– “Bom, rapaz… Você está me comendo de forma abusiva e, dessa forma, acaba comigo.” Pretendo gozar nesse seu cuzinho duro e ver estrelas.

Ele não demonstrou nenhuma reação, apenas começou a movimentar o quadril de forma freqüente. Tive êxito em tirar quase toda a rola e enfiá-la novamente até o fundo. A cada passo, parecia-me mais profundo. A respiração e o suor dos dois eram intensos. Não se ouvia mais nada, apenas se ouviam urros e gemidos. A afrodite o puxava pelo cabelo e pela bunda, tentando enfiá-lo mais fundo.

Victor esmagava os seios e lambia o pescoço com uma paixão alucinante. Ninguém disse absolutamente nada, apenas ouviam os seus urros e os sons dos sexos se chocando. Afrodite pegou sua mão e levou um dedo para a sua boca. Aperfeiçoando o dedo indicador com agressividade, aperfeiçoando o dedo indicador com agressividade. Não era o bastante para ela. Ela queria mais. A puta interna que habitava a deusa do sexo havia despertado.

Ela se despediu dele e se prontificou a olhar para o espelho. Ele apoiou as mãos na bancada e disse: “Acolho-me de uma só vez”.

Ele agarrou-a pelas ancas e meteu tudo de uma só vez. Retomar os sons e os movimentos frenéticos.

“Ah, adorei o meu cabelo.” Por favor, sofra-me! “Aperte a minha bunda.”

Ele ficou alucinado. Puxou os cabelos vermelhos com toda a força. Ele deu vários tapas consecutivos que, com toda a certeza, eram ouvidos do outro lado.

“Isso é uma vergonha. Apaixone-se, por favor. Basta bater mais! Aperfeiçoe-se ainda mais. Determina-me de uma só vez. “Penso que é uma boa!

Ele obedeceu sem dizer nada. Os gritos cada vez mais agudos e os olhos cada vez mais abertos.

Nenhum dos dois resistiu por muito tempo e, juntos, em uma mesma posição, gozaram intensamente. Apesar de ter gozado, ele soltou diversos jatos de porra dentro dela, que sentiu todos eles escorrer. Ele apertava a bunda e o quadril como se quisesse agarrá-los para si, enquanto ela estava desfalecida sobre o mármore.

Levou um tempo para recuperar o vigor e os sentidos, até que ele começou a sentir-se apavorado e deixou a penetração. O rio de leite que saía dela. Risos deliciosos de uma mulher que era uma amante constante de sexo.

– “Deusa” – “Deusa”. Mustang. “Impestatismável”.

– Ela respondeu: “Gostoso”.

O último beijo foi dado por eles.

Ela se lavou na pia, recolocou o vestido e deixou a lingerie para o seu ex-namorado de outra década. Após a saída do banheiro, retirou-se e apertou a porta. Descartou alguns olhares e seguiu em direção ao bar. Enquanto se aproximava do bar, notou uma mulher atraente sussurrando algo no ouvido de Felipe e, de imediato, sorriu.

Quando se aproximou, notou que a mulher alisava o seu pênis por baixo da calça. Logo na chegada, pude ouvi-la dizer: “Esse tamanho é ideal para uma boa penetração no cuzinho”, disse, ao mesmo tempo, que o seu companheiro o observava.

– A mulher disse “pense nisso e me procure depois”.

Ao observar a sua parceira, que aparentava estar cansada, mas parecia plenamente realizada.

– “As pessoas desta época são surpreendentes e diretas”. No entanto, eis a questão. Por gentileza, informe-me sobre o que ocorreu.

– “Entregue-me um drink e informe-me, pois estou com muita sede.”

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Algumas horas depois, estavam em um hotel. Felipe lavava o corpo de sua deusa de forma delicada e atenciosa. Apesar de ainda estar extremamente excitado, o seu estado de espírito ainda é bastante elevado. Ela recebia os afagos e as carícias de olhos fechados. Ele se sentou e começou a acariciar o seu ventre. Ela sorriu e abraçou mais as pernas para ajudá-lo. A cada lambida e sugada, ela revivia as luzes, as roupas e o brilho da noite. Tentamos manter tudo registrado na memória. Puxando o cabelo do seu companheiro para perto, ele se deliciava com a língua e os dedos. Ele se aproximou com um dedo molhado e introduziu um dedo no seu cuzinho. Ela sorriu ao recordar o comentário da mulher, pensando que ela teria deixado o seu homem mais safado naquela noite.

Felipe desligou o chuveiro e, com uma toalha, secou sua mulher. A conduziu até a cama. Ele repetiu a audaciosamente a maciez dos lençóis de 1000 fios de algodão egípcio. Lambendo e beijando a sua bocetinha molhada enquanto apertava os seios e acariciava as suas curvas. O interesse por ela começou a aumentar e ela começou a rebolar na sua boca.

– “Ah, que saboroso.” “Utilize-o da maneira que aprecio.”

Ele continuou com as lambidas e sugadas, demonstrando grande desejo de sorver todo o seu mel. Ela tinha consciência de que ele adorava quando ela gozava em sua língua. Após alguns minutos, se entregou completamente e, entre espasmos e contrações, gozou mais uma vez, dando ao seu companheiro o que tanto desejava. Ele se aproximou e beijou-lhe na boca. O beijo que ela tanto anseava e aguardava. Apesar de todas as loucuras da noite, ela ainda sentia uma grande necessidade de afeto, calor e presença física.

Ele apontou a sua vara de grande envergadura para a entrada e a penetrou. Olhando para os seus olhos. Ela o prendia com as pernas e o abraçou na nuca.

– Pedimos que entre em contacto contigo. Desculpe-me pelo descaso que tem sido constantemente me aplicado. “Obrigado, meu querido”.

Ele continuou metendo e enfiando com firmeza e movimentos fluidos. Era notório o alinhamento entre os dois. Os corpos pareciam-se fundir. Ela o abraçou e o cobriu. Ele começou a rebolar de forma circular, fazendo movimentos circulares. Depois pra cima e pra baixo. Se abaixou e deu um longo beijo nele enquanto seu quadril se mexia rapidamente.

– “Eu vou gozar, amor. Vou gozar no seu pau de novo. Goza comigo. Me enche desse seu leite quente e gostoso” — Ela disse

– “Ahh, não para. Continua, continua que eu gozo tudo pra você” — Ele respondeu.

Em mais alguns minutos os dois gozaram juntos. Em um abraço quente, apaixonante e carinhoso. E adormeceram assim. Com ele dentro dela, e ela nua em cima dele.

Hoje em dia, sempre que os dois vão à Pinacoteca do Estado de São Paulo e vêem a escultura “Musa Impassível” de Victor Brecheret, conseguem sempre ver os traços de Gabriella eternizados na estátua. E ela fica extremamente excitada se lembrando dos momentos que viveu.