Dei pro cliente na lanchonete que trabalho

Nunca escrevi sobre nada, mas lendo alguns contos, criei coragem de relatar algo bastante marcante que ocorreu na minha vida. Nasci numa família rígida, casei cedo, tive duas filhas e vivia com um homem que se tornou agressivo, ignorante, não me respeitava e, apesar de ter construído um patrimônio sólido com a venda de lanches, não sentia mais prazer em estar com ele.

Sou a Mel, uma mulher obesa, que era maltratada, ouvia o que não queria, falava coisas que não ajudavam em nada, mas tive força para mudar e, na luta diária, demonstrar que era capaz, emagreci, fui à academia, mudei os hábitos alimentares e passei a despertar a atenção dos homens. O lixo é sempre arte na mão de um cretino, cafajeste.

Foi aí que tudo começou. Um amigo de infância começou a me elogiar e a curtir as minhas fotos. Antes, o contato era zero. Passava a curtir tudo o que eu postava, enviava mensagens no Messenger, geralmente aos domingos. Isso mexia comigo, me deixava gostosa, já que o ogro de casa só me procurava para descarregar a bolsa escrotal. Sentia-me usada. E aí surge um homem com elogios e galanteios, o que foi o diferencial.

Envolvi-me, na verdade, permiti. Ele tinha conhecimento do meu marido e passou a frequentar o meu estabelecimento. Não era meu cliente antes, acho que nunca foi. Era sempre muito gentil, cortês e cheiroso. Chegava e pedia o lanche. A voz grave fazia-me bater palmas quando ele anunciava o pedido no balcão.

Em um dia tranquilo, perguntei se teria coragem de me beijar na loja. Ele respondeu que sim, craziness day. Convidei-o para entrar na dependência interna da loja e o beijei na mesa que cortava os vegetais. Afinal, me sentia viva. Logo, as fantasias deixaram de ser fantasias e se tornaram realidade, palpável e põe palpável.

Após mais uma semana, solicitei que ele fosse à loja. Ofereci-lhe um vestido tubinho, calcinha bege cor da pele e salto alto. Sempre trabalhei com saltos plataforma. Chamei-o para entrar, coloquei os funcionários no balcão e ele compreendeu a mensagem. Ele levantou o vestido, colocou a calcinha pro lado e me comeu ali, sem cerimônias. O pau enorme na minha buceta me deixou alucinada e, ao mesmo tempo, renovava minha autoestima.

Enfim, me separei e fui morar com minhas filhas. Em seguida, adquiri uma residência e, é claro, ele iria me visitar. Terei imenso prazer em contar as aventuras vividas na rua, inclusive a que tivemos no banheiro do subway, mas isso ficará para uma próxima oportunidade.

Sinto-me amada, desejada e muito feliz. Não permita que ninguém diga que você não é capaz, tão pouco que você não presta. Sempre haverá alguém que te deseja como é.

Desejo que tenham ficado satisfeitos com o meu relato.