A noite sem fim

Beatriz, a Beatriz, não conseguia esquecer as lembranças daqueles três dias. Pouco mais de setenta e duas horas, mas, na sua mente, pareciam meses. Um gemido saiu da sua garganta enquanto via as imagens repetidas daquelas horas. Não conseguia desligar-se de tudo aquilo. Ela estava internada há cerca de dois meses e, agora, os pais a estão levando para uma clínica especializada em transtornos mentais.

Sem conseguir respirar, ficou sentada sobre o colchão e seus olhos percorreram o quarto escuro. Todos os dias acordava dessa forma, e o mais angustiante era que não tinha conhecimento do que havia acontecido com Betinho, seu namorado, pois todos evitavam comentar a respeito dele.

Ela não teve condições mentais de dizer aos seus pais e a polícia tudo que aconteceu com ela e com o namorado. Só repetia sem parar a mesma coisa; que os dois foram estuprados e torturados por três homens e que ela queria morrer mas não conseguia. Isso trazia a toda sua família enorme sofrimento e compaixão por Bia estar neste estado mental.

*****

Meses antes:

– Mãe, estou saindo, não me espere, pois depois do cinema, Betinho vai me levar para a casa de Lucília e eu vou dormir lá,

– Tudo bem filha; mais se cuide. Nada de avançar o sinal com teu namorado! Não se esqueças que só tens dezesseis anos.

Bia desceu pelo elevador de serviço, pois o social estava demorando muito. Ela se divertia intimamente, se a mãe, desconfiasse que não era mais virgem, teria um ataque. Suas idas aos cinemas e dormidas na casa de Lucília, era pura ficção. Há muito, ela e Betinho faziam sexo, em um motel que fazia vista grossa, por ela ser menor, claro que com uma generosa gratificação.

Betinho a esperava na calçada, fora de seu carro, segurando a porta do carona para a namorada. Foi tudo muito rápido, o negro encostou a pistola na barriga dele e falou ao seu ouvido:

– Entre e se comporte, senão vou te furar, moleque!

Bia se viu cercada por outros dois e foi empurrada com força para o banco trazeiro, ficando espremida no meio de dois negros grandões. Obrigado a conduzir o carro, Betinho treme de medo. Ele e Bia estão sendo sequestrados por três negros enormes, que fedem a fumo e a bebida.

Quase se mijando nas calças, com voz tremula com o homem ao seu lado, ele disse:

– Podem levar o dinheiro, os celulares e o carro, mas nos deixem ir embora, por favor!

– Cale a boca bostinha! Não necessitamos de tua permissão pra nada, tudo aqui dentro já é nosso, inclusive você e a tua namoradinha gostosa.

Betinho engole em seco e fica mudo, agora teme por Bia… ele a chamou de “gostosa”,

Bia, não teve condições de ouvir o que eles falavam, seu coração disparava em seu peito, tamanho era o pavor que a dominava. A jovem, imprensada no meio dos negros, não teve como impedir que sua blusa desbotoada, exibisse seus seios aos dois, pois não necessitava usar sutiã. tensa no banco, tal como uma boneca de gesso, sentia os seio e mamilos sendo alisados, amassados e puxados. Sentia os doloridos, tamanho era sua covardia, que nem um “ai” pronunciava.

– Chegamos, manos…. vamos descer que tá na hora do divertimento.

O motorista olhou pra trás sorriu ao ver os “manos” mamando nos seios de Bia.

Betinho foi empurrado com violência e ficou caído, meio que sentado sobre a grama e pode ver Bia ser praticamente jogada ao seu lado e com o terror espelhado em seu lindo rostinho olhava os três negros,

– Fiquem em pé, os dois e nada de choradeira, senão vai chover porrada.

O que parecia ser o mais velhos dos três negros aproximou o rosto a dois palmo do rosto de Bia:

– Meu nome é Tonho e este dois aí são meus manos, Dão e Dinho e tiramos a noite para nos divertimos e os dois foram os sorteados. Você é uma garotinha muito linda e se quer sair viva daqui, basta ser boazinha com a gente. Qual é o nome e quantos anos tens?

– Tenho 16 e meu nome é Bia.

– Tu é cabaço ou já foi furada, garota?

Bia, tremendo de medo, baixou o olhar e não respondeu .

– Tu, moleque, qual é o teu nome e idade?

– Tenho 19 anos, meu nome é Betinho.

– Muito bem, já que fomos apresentados, queremos que os dois tirem as roupas, pois estamos loucos para os ver pelados.

Bia olha para Betinho e diz ao homem que não ficará nua na frente deles. Mal terminou de falar, um violento tapa aplicado por Dinho a faz girar e cair de bunda no chão.

Betinho faz menção de ajudar a namorada, quando um potente soco na boca do estômago o faz se dobrar em dois e tombar gemendo ao lado de Bia.

– Não desejamos ser violentos, mas, caso não nos cumpramos, teremos uma grande dor de cabeça nesta noite.

Bia está apavorada, deitada no chão, com o rosto ardente pelo tapa, olhando para Betinho, que foi levantado do chão por dois homens. Tonho ordenou que ele ficasse nu, mas, como ele recusou, uma série de tapas e socos o derrubou novamente e, mesmo sentado, continua sendo surrado.

Bia fica chocada e impotente ao ver tudo isso e pede para que eles parem de bater no seu namorado.

– Não o machuquem!

– Calma, garotinha…nós e os outros faremos carinho com ele… você verá.

Bia, num relance, pode ver Betinho sendo despido a força e Dão, ficar nu e se deitar por cima dele. Foi obrigada a presenciar o negro o estuprar, gemendo de prazer, subindo e descendo sobre o corpo de Betinho. Ela podia ver nos olhos do namorado lágrimas escorrendo, talvez de medo, de impotência ou de dor, com o caralho do negro enterrado em sua bunda. Depois Tonho também o violentou, assim como Dinho.

Bia, a um metro onde seu namorado era estuprado pelos três negros, com os olhos fechados, para não presenciar cenas tão dantesca, podia escutar os gemidos de dor de Betinho e os de prazer dos três monstros.

Não sabe quanto tempo eles ficaram comendo o rapaz, mas acha que foram horas, pois os três se revezavam na sodomização de Betinho. Quando finalmente se sentiram satisfeitos, Bia foi a ele e se apavorou ao ver sangue na bunda e nas suas coxas. Ele a olhava, e ela podia ver humilhação e vergonha em seu olhar. O abraçou e beijou seu rosto, como que querendo dizer que ele não tinha nada de se sentir envergonhado.

Gritou e tentou se agarrar a ele, quando foi arrancada de seus braços, imaginando que os três matariam seu namorado. Foi até com certo alívio que viu ele ser trancado dentro do porta malas do seu próprio carro.

– Teu namoradinho já era. Depois desta noite ele vai gostar muito mais de dar a bunda do que comer uma. Agora é a tua hora de brincar um pouco com a gente.

– Como não seremos ser malvados com tu. Vamos te dar o direito de escolher… ser fodida pelo cu, pela boca ou pela buceta, Ou então dupla chupação, num 69.

-Tenham pena de mim, eu sou pequenas e vocês muito grandes…não vou resistir!

– Não venha com esta palhaçada pra cima da gente, vadia. Escolha logo, Buceta, cu, boca ou 69!

– Que merda, garota… tu tem de escolher…. não é tão idiota assim. Sabes muito bem que não tens escapatória…diga logo ou então vamos partir para a ignorância.

Soluçando, e se lembrando do que fizeram com Betinho, o estuprando cruelmente, Bia pronunciou apenas uma palavra: pelo bumbum.

Muito bem, garota! Vai ser assim, como sou pesadão e você peso mosca, vou me deitar e você vem por cima,…estamos conversados putinha?

Bia fez o que Tonho mandou e logo sentiu o membro do negro em sua boceta. Começou a chorar, dizendo que não foi isso que escolheu. Logo outro se deitou por cima e com um só empurrão invadiu seu ânus, selvagemente em dolorida dupla penetração.

Foi demasiadamente penoso, mal saía de um, outro se posicionava e sem pestanejar se deitava por cima e encaixava o caralho em sua bunda ou na buceta, conforme fosse o que saísse de dentro dela. Bia não suportou a dor das duplas penetrações e perdeu os sentidos.

Quando acordou, ainda tinha um deles deitado por cima dela, que com o rosto esmagado contra a grama do local, se sentia toda machucada. Ele bufava como um animal todo enterrado em sua bunda. Logo a enche de porra e sai de cima e foi se sentar ao lado de seus irmãos, que ficaram olhando para ela.

– Você é uma putinha muito gostosa e tu está nos proporcionando prazer enorme; então vamos te recompensar. É o seguinte…. a gente vai ficar estirado com o poste para cima e você vem e senta no nosso rosto e rebola esta boceta no nossos rostos.

– pelo amor de Deus, não me obrigue a fazer isso!

– Faça o que estou mandando, caso contrário vamos arrebentar a tua cara à porrada, garota!

Bia, acovardada diante de tal ameaça, viu quando Dão estirado sobre a grama, sob a luz do luar, fazer sinal para que se sentasse em seu rosto.

– Venha pro papai, vadia de merda! Que eu e meus irmãos querendo te lamber e faça tudo bem direito, rebolando esta tua delicia em nossas caras.

Ela fez exatamente como ordenado, acocorou no rosto do negro e encaixou a boceta na sua boca, mas assim mesmo eles não estavam satisfeito e pode escutar Tonho a xingar:

– Mexa esta bunda no rosto do mano, vadia! Nada de ficar parada!

Gritou de dor quando um tapa em suas costas na altura dos ombros a fez ver estrelas. Logo seguido de um “cascudo” em sua cabeça.

Sem opção, ela obedeceu e ficou rebolando no rosto de Dão, com a língua dele, como uma cobrinha se contorcendo dentro dela. Foi inevitável, mesmo contra sua vontade, começou a ficar excitada e se odiou por isso. Tudo se repetiu com Dinho e Tonho e a garotinha foi submetida a orgasmos, se esvaindo na boca dos três negros.

Já com o dia surgindo, Bia exausta está estendida, sentindo em seu corpo nu, a friagem da grama, olha desconsolada os três que mexem e remexem na sua bolsinha e na carteira de Betinho.

Caída e nua sobre as folhas mortas da mata, para onde eles a levaram. Os três homens, na luminosidade da lua, também estavam sem roupas e o grandão, de joelhos no meio de suas coxas brancas como giz, se contrapondo com a negritude de sua coxas, dizia com voz rouca, inundada de desejos:

– Tu é uma putinha muito gostosa, ainda queremos te foder, antes de irmos embora.

Seu namorado continuava trancado no porta malas e Bia, totalmente derrotada, não tinha ânimo para nada e só chorava baixinho. Viu quando se aproximaram dela, com os pênis eretos e a colocaram deitada sobre uma lona. Ela sabia que seria estuprada mais vezes, apesar de prometerem não fazer.

– Putinha aguente firme porque a gente não pode dispensar carne tão novinha. Vamos te dar um presente que temos certeza ficará na tua memória pra o resto de tua vida. Terás o privilégio de ser fodida por três negros ao mesmo tempo e isso não é pra qualquer branquela.

Mesmo sabendo que era inútil, com a força do pavor que a dominava, lutou como uma leoa, Gritou de dor quando Dinho enterrou a monstruosidade dele em seu rabo e girando ficou por baixo dela e viu Tonho direcionar com a mão a cabeça do membro para a sua buceta. A dupla penetração a fazia sofrer horrivelmente e eles se moviam dentro dela num ritmo alucinante, enquanto um entrava o outro saía e mais nojento e covarde de tudo, foi o terceiro irmão enterrar o pau em sua boca. E os animais gozaram novamente dento dela, mas o nojento de tudo foi ter de engolir a porra que inundou sua boca e garganta. Novamente perdeu os sentidos. Quando voltou a si, os três negros ainda estavam dentro dela, um na xoxota, outro na bunda e o terceiro gemia se movimentando dentro de sua boca. Eles se revezavam, na tripla violação de Bia por toda a noite, com poucos minutos de “descanso”. A garota tinha momentos de lucidez e outros de desfalecimento. Ela é pequena e os três negros enormes e sabia que estava, na verdade sendo trucidada por eles.

Acordou gemendo de dor, não sentindo o corpo todo dolorido e o sangue escorrendo sobre seu rosto. Só então percebeu que estava amarrada pelos tornozelos no alto de um galho, de ponta-cabeça, há dois metros do chão. E um corte em seu ombro fazia o sangue escorrer por todo o corpo e pingar na grama lá embaixo.

Não viu o carro de Betinho e nem os negros . Eles a tinham deixado ali no meio do nada para morrer. Bia sentia o transcorrer das horas e não tinha força pra nada, a não ser gemer fracamente.

*****

Bia não tinha como saber, mas Dão, Tonho e Dinho, estavam malocados no casebre onde moravam, no alto de uma comunidade. Já tinham negociado o carro de Betinho e tudo que tinham saqueados deles. Desde as roupas, sapatos, brincos e os celulares.

Sádicos ao extremo, da jovem só deixaram o seu corpo, pendurado e sangrando no meio do nada. Quanto a Betinho, gostaram tanto do rabo dele, que decidiram mantê-lo como o veadinho particular do trio, o mantendo trancado num Pequeno quartinho do casebre deles.

Na noite seguinte, depois de muito embriagados, eles voltaram a comer o cu do rapaz. Apesar de não estar amarrado, ele não tinha condições de os enfrentar, eram mais pesados e muito mais fortes do que ele e deste modo, a base de porrada ele voltava a ser fodido pelos três negros, que se revezaram.

Assim os dias foram transcorrendo e no final de duas semanas, Betinho já não lhes resistia mais e o pior de tudo, era que vez que outra, eles o “alugavam” para outros membros do bando.

Semanas antes

A noite escura como breu foi de grande sofrimento para Bia e ao amanhecer, já não tinha mais força para nada e não mais sentia o corpo, totalmente insensível. Rezava pedindo que a morte viesse logo a buscar. Não entendia como podia resistir a tanto sofrimento.

Um grupo de jovens excursionistas, tendo à frente uma veterana guia, chegou à pequena clareira e Ruth disse às meninas que ali seria um ótima lugar para descansarem e fazerem um lanche. Ela guiava um grupo de quinze universitária e se sentia bem, pois quase todas tinham experiencia em longas caminhadas. Uma das mais jovens, Estela, chamou a atenção de suas colegas, pois de olhos arregalados e branco como cera apontava com o dedo para o alto da árvore acima de sua cabeça.

Os bombeiros foram chamados e Bia, levada as pressas para o pronto socorro mais perto. Entretanto com os ferimentos em todo seu corpo, principalmente nas genitálias e com a enorme perda de sangue, os médicos informaram que ela tinha poucas chances de sobreviver. Mas para espanto de todos, Bia foi melhorando pouco a pouco e agora, seus pais a estavam levando para uma clínica particular para pacientes com transtornos mentais.

De Betinho, nunca mais se ouviu falar dele. Bia, até hoje ainda tem pesadelos, dois anos depois da tragédia.

Sei que este conto pode ser desagradável para muitos do meus leitores; esta e a vida real e apenas estou transponho para o papel um fato real que ocorreu há coisa de nove anos, numa cidade do sul de nosso país. Lógico que a maioria das passagens, da tragédia que se abateu sobre os namorados, foram romanceados por mim, mas a essência do fato, não.

A vida nem sempre é um mar de rosas e eu sei bem disso, pois no dia 30 de agosto do corrente, sofri um enfarte e fui levada para um hospital, e lá fiquei internada até o dia 12 de setembro, quando então tivemos de sair às pressas pois o prédio antigo estava em chamas. Garças ao Bom Senhor, eu estava no prédio novo e nada sofri. Por esta razão este meu conto, só agora está sendo publicado.

Fim