Clarissa a Jovem Vênus – Final

Não sei como começar… essa história… será qualquer coisa.

Depois daquele fim de semana memorável, houve diversas ocorrências. Na Segunda-feira, eu fui à casa dela e fizemos uma maratona completa da temporada de One Punch-Man. Ainda realizamos diversas atividades, mas não vou narrar mais nada, já que não é mais necessário.

No domingo à noite, eu lhe dei uma boa noite por WhatsApp e fui dormir.

Na Quarta fui à escola para conversar logo com ela, mas isso não ocorreu, ela não veio.

“Será que você ficou doente novamente?”, perguntei.

Terminaram as lições e eu voltei para minha residência. Ao chegar lá, eu iria trocar de roupa, almoçar e ir visitá-la em seguida.

Ao entrar em casa, fui informado. Minha mãe, chorando, me deu um abraço e me contou tudo. Eu desabei ali mesmo, não quero mais detalhar o que aconteceu em seguida.

Meu mundo caiu. Eu chorei pelo resto do dia.

Ela estava saindo de casa pra ir pra escola, mas, não chegou nem na esquina. Um caminhão… o motorista perdeu o controle, não sei porquê, e ele acabou subindo a calçada…

Minha deusa foi embora para junto dos outros deuses.

Espero que cuidem bem dela lá em cima.

Eu fiquei trancado no meu quarto por horas, sem comer, sem beber, apenas chorando e deitado em posição fetal na minha cama. Só fui sair de lá na noite da Quinta-feira, eu jantei três pratos.

Na verdade eu pensei em apagar as fotos que eu tinha, as conversas, tudo que eu tinha dela, acabar com tudo ia amenizar o meu sofrimento, mas, depois de pensar, pensar muito, sobre isso eu resolvi não fazer nada, deixar tudo como estava, afinal, como eu iria me lembrar dela sem aquilo tudo? Eu precisava manter ela viva na minha memória.

Eu fui pra casa dela uma última vez dois dias depois do velório. Devolver a HQ do Batman que ela tinha me emprestado.

Os pais dela me abraçaram.

Não vou contar o que eles me falaram, não é preciso. Eles foram compreensivos comigo e me deixaram entrar no quarto dela uma última vez.

O professor Walter passou o seu trabalho, o seminário, que fiz com a Clarissa no dia 17 de março desse ano. Eu nunca me esquecerei dessa ocasião, dessa chance de conhecer minha deusa.

No dia 18 de Março, eu fui à residência da Clarissa, onde tive minha primeira experiência com ela. A primeira de várias que viriam.

Que ótimo!

Muito bom.

Uma coisa maravilhosa.

Ela faleceu na manhã do dia 19 de Abril. Nunca vou me esquecer dessa data também. Nunca vou esquecê-la.

Agradeço a Deus por ter me concedido a chance de conhece-la.

Agradeço à Clarissa por ter compartilhado esse período comigo, um período curto, porém, o melhor da minha existência sem dúvida.

Espero me encontrar algum dia com ela no mundo astral, enquanto isso, vou guardar cada lembrança de cada momento que nós passamos juntos num cantinho especial do meu coração.

E é isso.

FIM.