Antes de iniciar a leitura desta história, preciso fazer alguns avisos:
1- É uma história de ficção.
2- Esta história apresenta passagens que envolvem sadismo, masoquismo, submissão e situações degradantes. Se você não se identifica com esse tipo de literatura, por gentileza, não a leia.
Obrigado. Sou Cecília e vou relatar uma história que marcou a minha vida de uma forma bastante inesperada. Quando era mais jovem, fui vítima de um sequestro, o que me causou muitos traumas. A minha terapeuta recomendou-me que escrevesse sobre isso.
Naquele ano, eu tinha 26 anos, morava sozinha em um apartamento em um pequeno prédio e trabalhava das 8h às 17h como vendedora em uma farmácia. A remuneração não era elevada, mas era suficiente para manter-me e pagar a faculdade de administração. Nasci em uma pequena cidade no sul de Minas Gerais e decidi tentar a vida em São Paulo. Minha família sempre foi bastante humilde, nunca teve muito dinheiro ou bens materiais. Também não sou uma das mulheres que mais atrai a atenção. Em suma, não sou capaz de motivar um sequestro.
Todavia, o destino tinha outros planos para mim. Em uma determinada noite, saí da faculdade e, como de costume, fui até o ponto de ônibus mais próximo. Quando estava chegando, vi o meu ônibus sair e não pude pegá-lo a tempo. O próximo ônibus levaria, pelo menos, mais meia hora, então resolvi chamar um Uber para não ficar muito tempo esperando. Recebi o pedido do motorista e fiquei aguardando, distraída, utilizando o celular.
Quando o carro parou, adentrei pela porta traseira, cumprimentei o condutor e voltei a mexer no celular. Até que recebi uma notificação do aplicativo Uber, do aplicativo Uber. O motorista perguntava onde eu estava, uma vez que havia chegado ao local de encontro e não encontrei-me. Realizei uma gesticulação perfeita. Avaliei a imagem do motorista no aplicativo e a do homem que o conduzia. Eram indivíduos distintos. A primeira reação que tive foi a de gritar. Isso foi um grande erro, pois, a partir dessa reação, o estranho que estava dirigindo se virou para trás e trouxe até meu rosto um pedaço de pano, o que me fez perder os sentidos logo em seguida.
Não tenho ideia de quanto tempo fiquei apagada. Quando comecei a recobrar os sentidos, percebi que estava sendo amordaçada. Estava tão apavorada que não pude abrir os olhos imediatamente. Os pelos estavam arrepiados por todo o corpo e eu estava frio. Estava deitada em uma superfície dura e dura, que estava diretamente em contato com minha pele, o que me fez perceber que estava nua. Tentei fechar as pernas e cobrir os seios com os braços, mas, infelizmente, os movimentos foram impedidos. O desespero aumentou e, num impulso, abri os olhos.
Estava num pequeno espaço, todo revestido de madeira. A mulher estava completamente nua, com as duas mãos amarradas separadamente, presas por correntes nas paredes laterais do pequeno cômodo. Meus movimentos eram limitados e não conseguia gritar por socorro, pois a mordaça de pano que me envolvia impedia de gritar. O pior de tudo era que, em uma das paredes do cômodo, havia um buraco largo o bastante para envolver a minha cintura. Minhas pernas estavam para dentro desse buraco, de forma que só conseguia ver-me da cintura para cima. Ao me movimentar, percebi que meus tornozelos também estavam algemados e presos por correntes. Dessa forma, do outro lado da parede, eu estava com os pés para cima e as pernas estavam abertas e imobilizadas. Estava vulnerável, completamente vulnerável e desesperada. A sensação de medo tomou conta de mim. Senti os batimentos cardíacos aumentarem e desfaleci novamente.
Recuperei o sono novamente ao sentir o toque de duas mãos, que seguravam firmemente minhas nádegas. O ambiente estava agitado, como se houvesse diversas pessoas para além da parede. Tentei gritar e me desvencilhar, mas os meus gritos abafados não atingiram ninguém. Tive um forte golpe na bunda e fiquei paralisado de medo. Não tive mais a coragem necessária para me pronunciar. Senti algo quente e grosso me penetrando. Fechei os olhos e fiquei imóvel. Os meus olhos começaram a derramar lágrimas. Senti mais pressão nos quadris, das mãos que me seguravam. O estranho começou a me foder, com movimentos rápidos e enfiando o pau tão fundo em mim que eu podia sentir suas bolas batendo na minha bunda. Eu chorava e pedia, em silêncio, para que aquilo terminasse. Que não fosse apenas um pesadelo e eu despertasse. Todavia, não era. Após alguns minutos, o estranho abandonou-me, mas logo foi substituído por outra pessoa, que, sem demora, começou a me agredir sem dó. Dessa vez, antes de sair, senti um líquido quente ser derramado dentro de mim e, quando o homem saiu, pude sentir o seu esperma escorrer pela minha buceta. Antes de ter descanso, senti mais um cacete me violar.
Chorei até que as lágrimas tivessem terminado. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Não era possível que pessoas com tanta crueldade fossem capazes de fazer aquilo. Quando me deparei com o sequestro, ainda no carro, pensei o pior: que seria abusada sexualmente. Mas nem em meus piores pesadelos eu poderia imaginar o que aconteceria na sequência. Meu sequestrador havia me transformado em um objeto. Um brinquedo sexual para ser usada por vários homens.
Horas já haviam se passado desde a primeira penetração. Eu já tinha perdido a conta de quantos homens diferentes haviam me penetrado. Eu já estava sem forças, meu corpo estava dolorido e minha buceta esfolada. Gradativamente o barulho foi diminuindo e logo o ambiente ficou em total silêncio. Depois de alguns minutos, ouvi passos e uma voz masculina, que anunciou em voz alta:
“Terminamos por hoje. Podem sair das suas baias e irem se lavar.”
Eu permaneci imóvel. Não tinha forças para nada. Ouvi barulho de pessoas se movimentando e algumas vozes, soltando resmungos que eu não conseguia entender. Finalmente, ouvi um “clack” e uma porta atrás de mim se abriu. Um homem de cabelos e barba preta estava ali, me encarando. Ele era alto e forte, muito intimidador. Sem falar nada ele soltou as algemas de meus braços e foi embora. Segundos depois, senti que meus pés tinham sido soltos também. Com as mãos soltas, minha primeira ação foi retirar a mordaça. Na sequência, me encolhi e permaneci deitada. Não sei quanto tempo fiquei ali, envolta em meus pensamentos, deitada em uma posição que relaxasse a dor em minhas pernas, que ficaram esticadas por muito tempo.
De repente, ouvi uma voz suave me chamando:
“Ei, novata! Venha se lavar. Logo vão desligar a água.”
Não me movi, tampouco respondi. A moça insistiu:
“Venha, por favor. Eu sei a dor que você está sentindo, mas você precisa vir. Será pior se não vier.”
Dizendo isso, ela estendeu a mão por dentro do buraco e olhou para mim.
“Meu nome é Laís. Venha, vou te ajudar.”
Não tive escolha senão aceitar a ajuda. Laís me puxou para fora da baia e me ajudou a ficar em pé. Ela era uma jovem muito bonita, aparentava ter pouco mais de vinte anos. Assim como eu, Laís estava nua e com marcas pelo corpo que indicavam que ela também havia sido violentada nas últimas horas. Olhei ao redor, estávamos em uma espécie de sala quadrada, na qual as paredes tinham diversas baias como a que eu estava. O ambiente fedia a suor e esperma. Juntei todas as forças que me restavam e disse:
“Meu nome é Cecília. Onde estamos? Que lugar é esse?”
Minha nova companheira pediu para que eu poupasse esforços e disse que me contaria tudo. Ela foi me guiando lentamente até um dos cantos da sala, onde havia uma passagem para um estreito corredor. No final desse corredor, havia um ambiente com diversos chuveiros, porém sem qualquer divisória entre eles. Pude ver mais mulheres na mesma situação. Eram mais de dez, com certeza, e elas se banhavam naqueles chuveiros. Suas feições eram tristes e elas conversavam umas com as outras, mas sem muita empolgação. Algumas dirigiam seus olhares de compadecimento para mim. Laís me levou até uma das duchas que estavam vagas e fui surpreendida quando entrei na água e senti o quão gelada ela estava.
“Eu sei, é ruim. Mas com o tempo você se acostuma com a água gelada”
Laís sempre tentava me reconfortar, tanto com palavras quanto com gestos e ações para me auxiliar. Ela trouxe até mim dois grandes potes, nos quais havia shampoo e sabão para que eu pudesse me banhar. A tarefa de me banhar foi difícil, pois as dores eram muitas. Enquanto isso, Laís começou a me explicar tudo. O local que estávamos era uma espécie de prostíbulo. Ninguém sabia quem comandava aquele lugar nem onde exatamente ele ficava. Desconfiavam que era um lugar isolado, pois não se ouvia barulhos externos e nenhum chamado de socorro jamais fora atendido. Inclusive, fui alertada para não gritar ou tentar nada parecido, pois as punições eram severas. Todas as moças que estavam ali haviam chegado da mesma forma que eu. Todas tinham entre 20 e 30 anos e haviam sido raptadas e levadas para lá. Éramos todas escravas ali. Recebíamos duas refeições por dia e tínhamos direito a acomodações insalubres para dormir. Em troca, éramos exploradas sexualmente todas as noites. Não havia como fugir dali. O único jeito de sair era quando um dos funcionários vinha buscar alguém por ordem do chefe. Ninguém sabia para onde iam as pessoas “resgatadas”, mas uma coisa era certa: elas nunca voltavam.
Não demorou para que cortassem a água, mas felizmente, graças a ajuda de Laís, consegui terminar de me banhar a tempo. Eu ainda custava a acreditar que aquilo fosse real e as palavras fugiam da minha mente. Absorvi em silêncio todas as informações passadas por Laís. Depois do momento da higiene, Laís me guiou até um próximo cômodo. Nele havia uma mesa, que continha uma bandeja com vários pães e uma panela, aparentemente cheia de carne desfiada. Além disso, haviam colchões espalhados pelo chão, cada um acompanhado de um travesseiro e um cobertor. Não haviam roupas para nós. Nem mesmo roupas íntimas. Laís tentou me guiar até a mesa, mas eu não sentia vontade de comer. Ao invés disso, fui até um dos colchões e me deitei. Não demorou para que eu pegasse no sono.
Estava tão cansada, física e mentalmente, que não tive sonhos ou pesadelos.